Na astrologia, dividem-se os signos em três grupos que são as modalidades cardinal, fixo e mutável. Diz-se que são as três energias moventes dos seres: a que gera o impulso inicial, a que mantém e a que faz mudar.
Acho que podemos enxergar, sem grandes prejuízos, sexo, trabalho e morte com este molde. Sexo compreende as forças cardinais, trabalho, as fixas, morte, as mutáveis. Claro que o sexo pode ajudar a manter um relacionamento, e sem paixão, pouca coisa sobrevive. O sexo pode ser destrutivo, também, e como pode! Os românticos sabem disso. Assim como há trabalho para se iniciar algo, e sem a morte do desnecessário é impossível estabilizar um empreendimento.
Veja que não falei que a morte é o fim. Nas modalidades astrológicas não se fala em fim, mas em mudança. Ora, da nossa visão geocêntrica, de onde a astrologia se originou, que é uma mera questão de perspectiva, mas que, todavia, não deve ser jogada fora, o universo que circunda a Terra não morre. Esteve antes de nós e permanecerá. De tal modo que não há uma energia de morte, mas de mudança. A morte, portanto, pode perfeitamente ser encarada como a necessidade da mudança, do fechamento de ciclos, do término de uma obra, para o início de outra.
Aqui vai mais um contributo para encarar estas três questões dentro de um quadro unitário lógico:
- Sexo: a força que dá vida aos seres;
- Trabalho: a força que mantém a vida dos seres, a própria vida em perpétua re-construção;
- Morte: a força que modela a vida, enriquecendo-a, lapidando-a, embelezando-a, pois.
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