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terça-feira, 6 de março de 2018

Caminhos novos e sinalizados

Urge registrar, antes que me esqueça, antes que eu seja esquecido. Estas linhas são para aqueles que quiserem seguir um caminho como este que direi, ou para mim, quando voltar daqui há um século, caso ainda brilhe o olho ao ler sobre estes caminhos. 

Depois de batalhas cruéis contra a medicina oficial, venho encontrando autores que conduzem para um pensamento mais inteiro do ser humano. São eles Paracelso, Gerard Encausse (Papus), René Guenon (dissidente de Papus), Juan Alfredo Cesar Müller. Revelam-me:

  • Paracelso: a possibilidade de uma medicina vitalista e analógica, alquímica, espiritualista e teúrgica. 
  • Gerard Encausse: a necessidade de adicionar a visão sobre os múltiplos corpos sutis do ser humano, uma incipiente, mas urgente abordagem da fisiologia do espírito (ou perispírito, como queremos, os espíritas), a necessidade de resgatar os conhecimentos esotéricos do ocidente, ainda que toscamente, haja vista, astrologia, artes divinatórias, cabala. 
  • René Guenon (meu amigo-inimigo, já que abomina o espiritismo): o respeito pela tradição das grandes culturas, particularmente a hindu, a chinesa e a islâmica, em diálogo com o cristianismo, nosso tudo. Suas críticas ácidas contra o cientificismo, na sua pretensão totalitária. 
  • Juan Müller: psicólogo szondiano argentino, utilizador de homeopatia e astrologia na clínica diária. Vários relatos de contemporâneos apontaram seus êxitos em cura. O livro "Alquimia Moderna" traz descrições de casos que provam estes êxitos. Sua forma complexa de ver a realidade é a materialização de tudo que venho estudando - epistemologia, psicologia, homeopatia - o que me induziu a ter renovada paixão pela homeopatia, um desejo voraz pela astrologia e uma vontade de aprofundar os estudos dialógicos entre medicina e psicologia. 

 Alguns agravos de saúde me assustaram nesse último ano, induzindo-me à aceleração dos estudos destes temas. Os esforços não prestam culto à higiene do sono, e por estes dias pouco respeitam até mesmo o imperativo de repouso. Acabará acontecendo como Allan Kardec que, instado pelos Espíritos guias a alentecer o passo, desobedeceu, agilizando o degaste corpóreo, porém deixando legado incomensurável para a humanidade.

Não pretendo atingir as alturas de Kardec. Já me bastou muito tê-lo como mestre. Felicitar-me-ei, tão somente, em não perder mais uma encarnação, estando perdido no caminho das ciências. 

Pela exiguidade do tempo que me ameaça, quero minimamente deixar alguma viela pavimentada e sinalizada a fim de minha próxima personalidade reencarnante saber como continuar. 

Ah! Claro que os doutos riem de mim. Nenhum é meu amigo ou paga a alimentação de minha família. Sem açúcar e sem afeto, pouco me importam suas críticas. 

Meu currículo oficial não cresce. As revistas científicas destes tempos são guetos de reprodução de mesmices. Raramente há uma explosão. As redes sociais, impulsionadas pelos recursos da informática, servem mais para nos conectar com os pares e divulgar nossas ideias. É assim que, em breve, estarei fundando um grupo de estudos de medicina esotérica com três colegas cujo gabarito excedem o meu. Não me admiro, nestes tempos aquarianos, que o grupo cresça e se mova a tal ponto de deixar qualquer risco na história que, mais robustos que estas linhas, me ajudem a chamar a atenção quando o exercício do esquecimento das vidas passadas tiver turvado meus olhos além.

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