Como meu assunto, "Família: aspectos históricos e implicações na prática clínica", aborda temas que geram muito autoconhecimento, decidir não fazer um mini-teste, mas propor uma redação que estimulasse a pessoa a se reconhecer em que momento ela está na construção de sua personalidade. Este foi o mote:
"Trace uma linha imaginária entre o ser-menino ou ser-menina e o ser-homem ou ser-mulher, em que lugar você está? Comente."
Exigência 1: Tem que ser NO MÍNIMO em uma página de Word ou Google Docs. Por quê? Quero que falem de si, entrem no lugar existencial onde se encontram e tentem se entender, se localizar, se situar nesta vida. Quero que respirem fundo, desconectem-se da obviedade cotidiana, olhem para baixo e evidenciem o que aquele que sou é hoje.
Alguns me mandaram apenas um parágrafo dizendo o óbvio: estou no meio desta linha. Nem sou um extremo, nem outro. Como se eu estivesse em busca de uma resposta certa, gabaritada.
Exigência 2: Prazo final é o dia 15 de maio. Isso faz 2 (dois) meses de liberdade de pensamento e escrita para essa aventura que propus. Fora desse dia, não aceitarei mais nenhuma escrita e a nota será o símbolo que nos dá a ideia do vazio.
Bônus 1: Eu darei um retorno.
Em vez de um teste que aborda apenas aspectos de memorização ou interpretação de texto, em movimentos de alma heterodirigidos, eu proponho um movimento de alma autodirigido. É uma expansão de consciência, um sair de si para voltar a si com mais lucidez. Claro que isso não é um movimento que pretende esgotar essa investigação, mas colocando isso logo no primeiro semestre da faculdade quero instigar a abertura de um processo que não cesse jamais.
Como será a avaliação? Quem entregar e dialogar comigo, ganha.
P.S.: Sinto que estão perdidos. Não é de se admirar pela natureza do desafio.